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Pelo mundo

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Romeu e Julieta (em prosa e versos) - Ato III: "Conflitos - parte 3"


foto: peça de Teatro-Romeu enfreta Teobaldo.
Batem-se em duelo e por uma feliz conspiração do destino, após uma seqüência de golpes, Teobaldo, que já estava cansado de um recém combate não obteve êxito perante Romeu. Que arma letal torna-se o ódio, regado à sede de vingança?
Diante do olhar espantado dos Capuletos e dos Montecchios, Teobaldo cai pela espada de Romeu.
Romeu, depois que eliminou o objeto de sua ira vê-se aturdido e não estava acreditando que conseguira vencê-lo. Os Capuletos, revoltados pela queda do parente estimado, que jamais havia sido vencido antes, ameaçaram linchá-lo, no que seu primo Benvólio, percebendo-lhes a intenção, deu ordens a todos os Montecchios para defendê-lo.
Romeu! Foge Depressa!!!!
MALDITO MONTECCHIO! VAMOS ACABAR CONTIGO!!!!! — bradavam os parentes de Teobaldo. — JUSTIÇA!!!!!
Os inimigos se batem.
— O-Oque eu fiz?!!!! — gaguejava Romeu.
Vai Romeu! Não fiques aturdido!!!! O príncipe vai condenar-te à morte!!! — fala-lhe Benvólio.
— E-Ele não se mexe!!!!! — exclama Baltazar enfrentando e desvencilhando-se de um Capuleto.
Benvólio como via que Romeu não movia um centímetro clamou a Baltazar para que o tirasse dali à força.
Baltazar!!!! Leve-o daqui!
Sou um idiota!!!!! O bobo da fortuna!!!! — condena-se Romeu, caindo em si.
Foge, ora essa! — critica-o o primo.
Baltazar puxa-o de lá, antes que ele fosse trucidado pela multidão amotinada.
Escalo já havia chegado na praça e dado com o corpo do seu primo Mercuccio, cercado de alguns Montecchios, seu pajem e outros cidadãos compadecidos.
— Mercuccio?! Oh, Deus, não! — Escalo salta do cavalo e precipita-se sobre o corpo do parente assassinado. — Quem desafiou, assim, o meu castigo?! — fala com ódio. — Onde está o maldito assassino?!
Páris ficou atordoado com a cena.
— Foi Teobaldo Capuleto — fala o pajem de Mercuccio às lágrimas.
Vou enforcá-lo por esta afronta!!!! — ameaça o regente de Verona.
Escalo sobe de novo no cavalo.
— Para onde foi o infame?!
O pajem de Mercuccio aponta para a direção que Teobaldo havia fugido. O príncipe deu ordens para que alguns dos guardas de sua comitiva cuidassem do corpo, retirando-o de tão humilhante situação como se estivesse sido jogado na rua, como um cão lazarento, e seguiu com os outros e Páris.
Escalo chegou ao lugar e viu os Capuletos e Montecchios em acirrada luta, e mandou o arauto tocar a trombeta para anunciar-lhes sua chegada e pôr fim ao conflito.
O príncipe!!!!! — grita um deles.
GUARDEM VOSSAS ARMAS VIS, ANTES QUE EU OS ENFORQUE A TODOS!!!! — berra ele.
Benvólio foi o primeiro a obedecer e depois, um a um foi cumprindo a ordem dada.
— Onde está o maldito Teobaldo, assassino de Mercuccio?
— Aqui príncipe, jaz a quem procuras... — fala um dos Capuletos.
O príncipe fica pálido ao ver a que ponto havia chegado a antiga desavença. Dois assassinatos em um só dia.
Quem o matou?
— Meu primo Romeu. Que cego por ver o estimado amigo Mercuccio morto, deixou-se levar pelo ódio e procurou matar Teobaldo, o qual antes matara vosso parente.
Exijo a presença de todos, agora, no palácio da justiça. Ide á casa dos Capuleto e dos Montecchio e exortai para que todos compareçam à minha presença! — ordena aos guardas.
Estes saem e dirigem-se à casa capuleta, que não era distante dali. Foi uma surpresa para o criado que veio recebê-los às portas, ver os dois guardas armados e exigindo que o Senhor Capuleto os recebesse.
Como?! Teobaldo está morto? — assusta-se o senhor Capuleto ao receber a notícia.
Sua esposa ouvira e veio correndo.
O meu sobrinho Teobaldo, filho de meu querido irmão? — Bettina leva um choque. — É mentira! Vocês estão mentindo!!!! — grita ela chamando a atenção de todos. — Quem fez isso?!!!
— Romeu Montecchio, minha senhora — respondeu o guarda.
A ama ouviu o comunicado e ficou perplexa.
Julieta estava alheia a tudo que acontecia e comemorava a primeira noite que passaria com Romeu.
— Correi, correi, corcéis de fogo para a casa de Febo. Espalha tua cortina, ò noite! Ó guarda dos amores, vem, vem para que olhos curiosos nada vejam e a estes braços, Romeu se precipite! — abraça-se. — Vem, noite circunspecta, com teu manto de matrona severa, todo preto e me ensina a perder uma partida que já está ganha e onde jogam duas virgindades sem mancha! Oh! Ao rosto sobe-me o sangue tímido... — ri a menina. — Vem noite! Vem meu Romeu! Vem gentil noite amorosa e restitui o meu Romeu...
A ama entra chorando.
Ama?! Que tens?
Oh, que dia! Dia desgraçado!
— Ai de mim! Que acontece? Por que torces as mãos desta maneira?!
— Oh, dia! Morreu! Morreu Morreu!!! Estamos perdidas, senhorita! Sim! Perdidas! Mataram-no!
O quê?! Romeu?!!! — Julieta entra em desespero. — Não! É mentira!!!! Isso não aconteceu! Com Romeu não! NÃO!!!! Oh, por Deus, ama, diga que isto é um engano! Por que, diabos, me atormentas assim?!!! — falava a pobre Julieta às lágrimas. — Pode o céu ser assim, tão invejoso?!!!
— Romeu o pode, embora o céu não possa. Oh, Romeu! Romeu! Quem poderia ter pensado tal coisa!
Que dizes?! Suicidou-se o meu Romeu? Basta dizeres “sim” que essa palavrinha para mim conterá mais veneno que o olhar fatal do Basilisco! Morta me acho, se esse sim existir!
— Oh, Teobaldo, Teobaldo! Grande amigo! — chorava a ama enxugando as lágrimas com o avental do vestido. — Ter eu vida, para morto te ver!
— Q-Que tempestades de golpes tão atravessados são esses? Morto Romeu e Teobaldo sem vida? — Julieta não conseguia entender.



continua...

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