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Pelo mundo

terça-feira, 21 de julho de 2009

Romeu e Julieta (em prosa e versos) - Ato V: "Pacto Mortal - parte 2"


Julieta, enfim, viu-se sozinha. O coração, acelerando ansioso em seu peito. Pegou o pequeno frasco, meio desajeitada e apertou-o firme entre os dedos.
— pelas veias me passeia um medo frio e lânguido, que quase deixa o calor da vida a abandoná-las, mas precisarei representar, sozinha, meu terrível papel. Vamos, frasquinho amigo! E... se esta droga não fizer efeito? Terei de casar-me amanhã cedo... Não. Onde está o punhal que separei para a ocasião?
Julieta deu um pulo da cama e começou a revirar as gavetas de seu toucador, até reluzir a lâmina convidativa, tentando-a contra a sua própria vida.
— Ei-lo. Sim, isto impedirá as núpcias indesejadas, fica aqui perto.
Julieta pegou o frasco que havia deixado sobre a cama e abriu-o. Ainda por um tempo, hesitou.
—E se for veneno que esse frade com astúcia me deu para matar-me, temendo o opróbrio que podia vir-lhe do casamento, por me haver casado com Romeu antes disso? Não! Oh, Julieta! Como podeis pensar assim de um santo homem como ele? Não. Ele não o faria! Pois como santo ele é tido há muito tempo, por isso, não devo ter tão baixo pensamento. E se... depois de estar na sepultura, eu vier a despertar, sem que Romeu chegue para salvar-me? Oh, que coisa terrível! Não ficarei asfixiada dentro da sepultura, cuja boca imunda não expira ar sadio e, assim, morrendo sufocada sem rever o meu Romeu? Ou se eu viver, não será mui plausível que aquela imagem de negror, podridão e morte, onde há centenas de restos de meus antepassados e onde, assim dizem, determinadas horas da noite espíritos vagueiam, causar-me tamanho pavor, que leve-me à demência, caso desperte antes do tempo?! Aquele cheiro repugnante, os gritos de além túmulo e onde jaz Teobaldo mutilado, envolto em seu lençol de sangue... Ai! Não! Pára! Julieta! Pára! Não é hora para sentir medo! Romeu, meu amado... bebo isto por sua causa!
Julieta pega o frasco e bebe tudo de um só gole. Não demora muito a sentir-se tonta e conforme dissera o frade, começa o calor do corpo a ser substituído pela sensação do frio da morte, caindo desmaiada no leito, deixando o frasco escorregar e partir-se no chão junto à cama.
Na manhã seguinte, os senhores levantaram-se bem cedo e preparavam-se para receber Páris.
— Ama, toma estas chaves e nos traze mais temperos e cheiros.
— Os pasteleiros querem marmelo e tâmara.
Lorenzo Capuleto entra em polvorosa.
Depressa! Mexam-se! Vamos! O segundo galo já cantou e o sinal de apagar o fogo há muito já foi dado. São cinco horas!
Ide! Ide embora metediço! O lençol está chamando. Por minha fé! Assim ficarás doente, por haverdes velado a noite toda! — reclama sua esposa.
— Nem um pouquinho, ora essa! Muitas noites já passei acordado por motivos bem menores, sem ter ficado doente!
— É certo, em vossa mocidade, mas agora já não sois tão moço!
Entram uns criados.
— Ei! Ei! Amigo que levais aí dentro?
— Coisas que o cozinheiro reclamou, meu senhor. Não sei bem o que seja.
Pressa! Pressa! E tu, maroto! Traze lenha seca, Pedro pode indicar onde é o depósito.
— Tenho cabeça para achar a lenha, não vou incomodar para isso o Pedro.
— Raios! Boa resposta! O sem-vergonha tem gênio alegre, há, há ! Dará bom cepo...
Senhor Capuleto! Senhor Capuleto! — chama Pedro.
— Que é?
— Páris está chegando!
Por minha fé, já é dia! Ama!!!!
— Que foi?
— Vai acordar Julieta e prepará-la! O noivo chegou! Faça isso logo, enquanto converso com ele. Anda!!!! Mais pressa nisso!
A Ama sobe correndo e abre as cortinas do quarto.
— Senhora! Olá! Julieta é quase certo que ainda esteja a dormir. Eh, ovelhinha! Então, menina? Ei! Acorda!!!
A Ama toca em Julieta e sente o seu corpo totalmente frio. Dando um passo atrás, pisa em alguma coisa no chão e olha. Aproximando a luz da vela, vê um frasco suspeito partido no chão.
Um grito dilacerante corta a casa.
O que está havendo, por Deus?!!!! Que barulheira é essa?— exclama a mãe de Julieta se assustando.
— Não é a Ama? — pergunta Páris.
Ela desce desesperada e aos prantos.
Oh, morreu!!!! A minha bambina morreu!!!!
O quê?! — grita Capuleto apavorado e sobe as escadas, Bettina sobe em seguida, enquanto Páris permanecia estático com a notícia inesperada.
Está sem vida! Sem vida! Dia desgraçado! — chorava a Ama conduzindo-os ao quarto.
— Mas não pode ser! Ela estava bem ontem, como pode ter acontecido isso? — falava Bettina.
Ela se matou! Se matou!— exclama Filippa
O que está dizendo, sua velha mexeriqueira?! — Capuleto fica indignado.
— Pois olhe o chão perto da cama! Há um frasco lá! — soluçava a Ama inconformada.
Eles param e olham para o leito. Julieta não respirava. Estava mesmo morta? Sua mãe se aproxima e toca-lhe a mão, enquanto Capuleto pegava o que restava dos cacos, do vidro de um suposto veneno e, ainda não compreendendo o que se passara, começou a chorar. Bettina constata que, de fato, a filha estava morta e entra em total desespero.
— Oh, que dia! MORREU! MORREU! MORREU! — lastima-se Bettina
Não! Não é verdade! — Capuleto lança-se sobre o corpo inerte da filha. — Julieta, acorda! ACORDAAAA!!!!!! Oh, minha filha! Minha única filha! Reanima-te e olha para mim, ou deixa-me morrer contigo! Aqui! Socoooorroooo!!!! Chamem alguém!!!! JULIETA!!!!
Páris segurou-o por trás e tentava acalmá-lo.
— Senhor Capuleto! Calma! Oh, Julieta... — pedia-lhe Páris, mas já começando e desesperar-se também.
Ele se ajoelhou aos pés da cama, beijou a mão fria da amada e não segurou mais as lágrimas.
Continua...

domingo, 12 de julho de 2009

Romeu e Julieta (em prosa e versos) - Ato V:"Pacto Mortal-parte 1"


Julieta chega em casa e percebe que todos já estavam envolvidos com os preparativos de quinta-feira e o pai dela, era o mais animado de todos. Nem parecia que tinha acabado de sepultar um sobrinho, a morte de Teobaldo havia caído totalmente no esquecimento. Ele distribuía tarefas entre os criados...
— Convidai as pessoas desta lista. E tu, maroto aí!Vai contratar-me vinte hábeis cozinheiros.
Julieta morde os lábios e aperta o pequeno frasco guardado em seu regaço. Tentou passar despercebida, mas a mãe surpreendeu-a quando subia para o quarto.
—Ora! Até que enfim! Ela chegou, meu senhor! — avisa ao marido.
— Então, cabeçudinha? Onde estiveste saracoteando?!
— Onde aprendi, realmente, a arrepender-me do pecado grave de desobedecer às vossas ordens — disfarça ela. — Tendo-me, Frei Lourenço, esse santo homem, ordenado que viesse a vós prostrar-me para pedir-vos perdão. De hoje em diante, serás meu guia em tudo.
— Oh, abençoado frade! Mama mia! Enfim, ele colocou um pouco de juízo em vossa cabecinha. Ei! Aqui Pedro! Ide chamar o Conde; contai-lhe isso. Será firmado o enlace para quinta-feira!
— Não é necessário meu pai! Vi o Conde na cela de Frei Lourenço, tendo-lhe dado tudo o que é possível conceder dentro da área da modéstia, comuniquei-lhe o fato e já estamos acertados.
—Isso me alegra muito! Assim vai tudo bem! Deus louvado! Esse frade reverendo, toda a cidade o tem em grande estima.
— Vamos ama. Quero descansar um pouco. Posso meu pai?
— Mas claro! Descanse para que quinta esteja bela, como uma manhã de primavera.
Filippa sorriu e concordou. As duas subiram, enquanto os pais continuavam discutindo o patético acontecimento.
— Tudo sairá a contento, mulher, deixa estar. Ah, o coração por demais leve sinto, desde que esta menina criou juízo!
Aos poucos, as palavras foram se tornando sussurros distantes, até Julieta entrar em seu quarto. Aproveitando uma distração da Ama, escondeu muito bem o frasco.
— Oh, ovelhinha! Que bom que aceitaste bem! Valeu a pena esperar a tua confissão! Serás feliz com este segundo esposo! Rezei muito por isto!
—Ama, me ajude a separar as roupas que levarei comigo — desconversa ela.
—Ah, sim! Sim! Agora mesmo!
A ama abriu o armário e separou várias peças e vestidos. Alegre, ajudava-a a arrumar seus pertences, para a nova vida ao lado do Conde Páris. A Ama não parava de tagarelar, um minuto sequer. Julieta já estava cansada com aquela ladainha toda.
Enfim chegou a véspera do casamento e Julieta e sua Ama, providenciaram o belo vestido.
— Quero o vestido mais belo e as jóias mais preciosas... — comentava com a Ama. —“ Não para Páris...” — pensa a jovem. — “mas para o meu Romeu... Quero estar linda, quando partirmos à Mântua...”
Filippa mostrou-lhe vários vestidos que havia separado, cada um mais belo que o outro, até Julieta decidir-se por aquele que lhe pareceu o mais soberbo. Um vestido carmesim, ricamente bordado à mão.
No salão principal, Bettina não conseguia esconder sua preocupação.
— Estamos atrasados! Vão faltar provisões e é quase noite!
— Oh, diabos! Vou mexer-me e tudo será feito! Vá ajudar Julieta nos enfeites e deixe-me só; hoje, se preciso, nem vou deitar-me.
No quarto, a Ama de Julieta elogiava-lhe pelo bom gosto.
— Oh, minha bambina! Ficarás linda e vede, vede! Com esta mantilha, estarás ainda mais bela!
Julieta não sabia, ainda, como convencer sua Ama a deixá-la só naquela noite. Porém, o sucesso do plano de Frei Lourenço dependia disso.
— Sim, estas são as peças mais bonitas. Mas gentil Ama, deixa-me esta noite. Desejo ficar só, pois necessito de rezar muito, para que consiga fazer sorrir o Céu para mim, pois bem sabeis; tenho a alma atormentada e cheia de pecados.
— Mas...
A mãe de Julieta bate à porta e entra.
— Ocupada bastante, não? Necessitais de mim?
— Não, senhora. Já escolhemos o que nos pareceu necessário para a cerimônia de amanhã — fala-lhe a filha com doçura. — Só vos peço que levais minha Ama consigo, para que durma em vosso quarto, pois sei que vos achais assoberbada de ocupações para esta festa súbita.
— Sim, de fato, estamos muito atarefados. Ama, venha comigo, precisamos de seus serviços.
— Sim, minha senhora! Julieta, não durma muito tarde e feche bem as janelas! — recomendou-lhe a Ama.
— Eu ficarei bem, não se preocupe, Ama.
Julieta fica sozinha finalmente, só que ao mesmo tempo, além da alegria de ter uma chance de escapar daquilo tudo, invade-lhe uma imensa tristeza. Era a última vez que estivera com elas.
— Adeus minha mãe e minha Ama. Deus sabe quando nos veremos outra vez... — murmura ela.
continua...

O que vem por aí: breve em Amores Imortais


Estilo: Conto de fadas

PERSONAGENS DA MALDIÇÃO DO DRAGÃO:



Princesa Lorien- filha do Rei Klerman


do Reino de Lasperlein


Sir Alek- primo de Lorien e apaixonado da princesa


Rei Klerman- Soberano do reino de Lasperlein. Rei ganancioso, egoísta e frio.


Rainha Liana- mãe de Lorien


Príncipe Liberman- cavaleiro possuidor de terras do distante reino de Winterlein, pai de Alek e irmão mais novo de Klerman, o 2º sucessor.


Rainha Ione- mãe de Alek


Raggia- criada de Ione


Rei Faillace- Soberano de Adlerlein, pai de Elmanes e amigo de Klerman, com quem ele sonha unir as famílias pelo casamento de Lorien e Elmanes


Príncipe Elmanes- filho de Faillace e pretendente à mão de Lorien


Sir Hui- conselheiro do Rei Klerman


Sir Jales- conselheiro do Rei Faillace.


Sir Ivson- capitão da guarda de Klerman


Sir Vance- cavaleiro de Klerman


Sir Lusvardi- cavaleiro de Faillace


Xaia- criada de Liana


Bretta- aia de Lorien


Mago Wilgfort- feiticeiro e conselheiro da Corte de Klerman


Zilah- cozinheira do castelo de Klerman


Cybelle- feiticeira do caminho de Ruthlein


Woel- o dragão responsável pela maldição


Rei Balen- soberando do reino de Kramerlein


Príncipe Nelaton- aventureiro que tenta libertar Lorien


Sir Lauritzen- idem


Dom Launx- idem


Príncipe Mahmond- idem

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Prece por uma alma


Onipotente Deus, que a tua misericórdia se derrame sobre a alma de Michael Joseph Jakson, a quem chamaste da Terra. Possam ser-lhe contadas as provas que aqui sofreu, bem como ter suavizadas e encurtadas as penas que ainda haja de suportar na Espiritualidade!
Bons Espíritos que o viestes receber e Tu, particularmente, seu anjo-guardião, ajudai-o a despojar-se da matéria; dai-lhe a luz e a consciência de si mesmo, a fim de que saia presto da perturbação inerente à passagem da vida corpórea para a vida espiritual. Inspirai-lhe o arrependimento das faltas que haja cometido e o desejo de obter permissão para as reparar, a fim de acelerar o seu avanço rumo à Vida Eterna bem-aventurada.
Michael Joseph Jaskson acabas de entrar no mundo dos Espíritos e, no entanto, tu nos vês e ouves, por isso que de menos do que havia, entre ti e nós, só há o corpo perecível que vieste a abandonar e que em breve estará reduzido ao pó.
Despiste o envoltório grosseiro, sujeito as vicissitudes a à morte, e conservaste apenas o envoltório etéreo, imperecível e inacessível aos sofrimentos. Já não vives pelo corpo; vives da vida dos Espíritos, vida essa isenta das misérias que afligem a humanidade.
Já não tens diante de ti o véu que às nossas vistas oculta os explendores da vida no Além. Podes, doravante, contemplar novas maravilhas, ao passo que nós ainda continuamos mergulhados em trevas.
Vais, em plena liberdade, percorrer o espaço e visitar os mundos, enquanto nós rastejaremos penosamente na Terra, à qual se conserva preso o nosso corpo material, semelhante para nós a pesado fardo.
Diante de ti, vai desenrolar-se o panorama do infinito e, em face de tanta grandeza, compreenderás o vazio dos nossos desejos terrestres, das nossas ambições mundanas e dos gozos fúteis com que os homens tanto se deleitam.
A morte, para os homens, mais não é do que uma separação material de alguns instantes. Do exílio onde ainda nos retém a vontade de Deus, bem assim como os deveres que nos correm neste mundo, acompanhar-te-emos pelo pensamento, até que nos seja permitido juntar-nos a ti, como tu te reuniste aos que te precederam.
Não podemos ir onde te achas, mas tu podes vir ter conosco. Vem, pois, aos que te amam e que tu amaste; ampara-os nas provas da vida; vela pelos que te são caros; protege-os, como puderes; suaviza-lhes os pesares, fazendo-os perceber, pelo pensamento, que és mais ditoso agora e dando-lhes a consoladora certeza de que um dia estareis todos reunidos num mundo melhor.
Nesse, onde te encontras, devem extinguir-se todos os ressentimentos. Que a eles, daqui em diante, sejas inacessível, a bem da tua felicidade futura! Perdoa, portanto, aos que hajam incorrido em falta para contigo, como eles te perdoam as que tenhas cometido para com eles.
Michael Joseph Jakson vá em paz... Amém.