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Pelo mundo

quinta-feira, 4 de março de 2010

Novo Conto: categoria * contos de fada


Era uma vez...

A Maldição do Dragão

Existia no distante reino de Lasperlein, um rei muito poderoso e ganancioso, que possuía uma filha linda como o amanhecer. Desde criança, muitos nobres queriam oferecer seus filhos, prometendo-os para futuro enlace. O nome da princesa era Lorien.

Ela era a alegria do castelo, com seus risos infantis ecoando pelos corredores. Todos os súditos comentavam: — Se já é linda agora, imagina quando crescer?! — comentavam suas amas e criados.

Lorien tinha um primo chegado, o qual era seu companheiro de folguedos. Ambos brincavam juntos e era a única criança cujo seu pai permitia com que brincasse, durante a primavera e o verão.

O rei era muito arrogante, ambicioso, egoísta e vivia distante da menina, incapaz de lhe fazer qualquer afago. Não dava o devido valor que a princesa merecia. Só queria saber de sair para guerras e invadir territórios alheios e quando ele se deu conta, a filha já havia crescido e se tornado uma jovenzinha de rara beleza. Cabelos longos e negros, pele alva como o marfim e olhos de um tom azul bem vívido, como o brilho celeste.

Seu primo também crescera e se tornou um simpático e belo mancebo, de maneiras corteses. Cabelos acobreados e reluzentes, olhos esverdeados em tom semelhante ao ocre, corpo bem formado e robusto.

Lorien sempre esperava ansiosa o início da primavera, porque era a época que seu tio Liberman, vinha de suas terras distantes, lá pros lados de Winterlein, trazendo toda a família consigo. Vinha visitá-los e passar as estações mais quentes, em companhia de seu irmão, o Rei Klerman, pai de Lorien. Ela estava agora com 17 anos, a mesma idade do primo. Alek era como o rapaz se chamava e quando começava a despontar as primeiras flores, Lorien ficava todas as manhãs na sacada de seu quarto, em uma das torres do castelo, olhando fixamente o horizonte, para esperar o cortejo de seu tio.

Ao chegarem, era sempre uma grande alegria. Lorien abraçava o primo feliz, contudo, aquilo, pela primeira vez, não agradara seu pai.

— Lorien, tu não és mais criança para abraçar Alek desta forma. Deves comportar-te como uma moça recatada e uma verdadeira princesa.

— Mas, ele é meu amigo, papai!

— Não é mais. Ambos já não têm a mesma pureza dos tempos infantis. Estão crescidos e más línguas podem começar a espalhar comentários impróprios — repreendia-lhe. — Não quero mais vê-la tomar estas liberdades com ele.

Na verdade, toda essa precaução do Rei Klerman tinha um bom motivo por trás; ele queria casar a filha com o príncipe Elmanes, filho de um rei riquíssimo e amigo seu de longa data. Por isso, não via com bons olhos a amizade dos dois jovens, porque poderia atrapalhar seus planos.

Alek tinha linhagem real, mas não era sucessor de ninguém. Apenas era filho de seu irmão mais moço, Liberman, que por questões de lei, não herdara nada, pois Klerman, por ser o filho mais velho, detia todo o poder em suas mãos, herdando o trono do pai.

Para não deixar o irmão na miséria, cedeu a ele algumas terras no distante reino de Winterlein.

Lorien entristecia-se quando seu pai a repreendia daquela forma. A mãe de Lorien, a rainha Liana, era a única que a compreendia e a confortava, porém, por obediência ao marido, nada dizia, só que acorbetava o encontro dos dois, sem que o pai de Lorien soubesse, pois via no relacionamento deles a semente de um amor puro e verdadeiro, e como coração de mãe não se engana, isso não tardou a acontecer.

Foi num desses encontros, que Alek e Lorien deram o primeiro beijo, enquanto passeavam pelo bosque próximo do castelo. Um selo rápido, um leve toque no lábio de um e de outro, mas foi o suficiente para assustar a princesa e ela corar.

— Por que fez isso? Ai! Se meu pai souber!

— E-eu não sei! — gaguejou o rapaz também sem entender muito. — Senti vontade de repente! Sua beleza me encanta a cada dia... Não, prima! Espera!

continua...

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