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Pelo mundo

domingo, 11 de janeiro de 2009

Romeu e Julieta (em prosa e versos) - Segundo Ato: "Juras de amor - parte 4"

*uma ilustração minha de Romeu e Julieta na sacada
— Não posso crer? — Julieta surpreende-se. — Ninguém irá casar-nos, todos temem a inimizade de nossos pais!
— Pois tenho um amigo que poderá casar-nos.
— Quem?!
— Frei Lourenço.
— Oh, eu o conheço! É o meu confessor e assistente do pároco de São Pedro!
— E meu também.
Julieta abraça-o feliz.
— É maravilhoso!!!! Oh, Romeu, se este pendor for sério e honesto, envia-me uma palavra pela pessoa que eu te mandar.
— Julieta, essa pessoa deve guardar o segredo. Achas que podeis confiar?
— Sim. Minha ama Filippa é de minha total confiança! Ela anseia em ver-me casada e tenho certeza que ela ficará feliz e encantada! Dize a ela em que lugar e quando pretendes realizar a cerimônia, que a teus pés porei minha ventura, para seguir-te pelo mundo todo como a senhor e esposo!
Senhorita!!!! Ainda aí?!!! — grita a ama.
Já vou! Já vou! Porém, se não for puro teu pensamento, peço-te...
Bambina!!!!!
Já estou indo!!! Que não sigas com tuas insistências e deixai-me entregue à minha dor.
— Que eu perca a minha alma, se sinceridade não houver em meu intento!
— Boa noite, vezes mil!
— Não sem tua luz gentil!
— Vai. Preciso entrar...
Romeu desce e feliz, comemora.
— Oh, noite abençoada! Tenho medo que seja um sonho e lisonjeiro em demasia para ser realidade!
Ela volta.
— Romeu! Só três palavrinhas...
— Diga!
— A que horas devo mandar alguém para falar-te?
— Às 9 horas.
— Até lá parece que são vinte anos... AH, Romeu!
— Minha querida...
— Oh, não! Esqueci-me do que ia falar!
—Deixai que eu fique parado aqui, até que te recordes...
— Esquecê-lo-ia, só para que ficasses parado aí, recordando-me de como adoro tua companhia...
— E eu ficaria, para que esquecesses, deixando de lembrar-me de outra casa que não fosse esta aqui.
Julieta colhe uma das rosas do balcão, beija-a e joga-lhe a flor.
— Para que te lembres de mim...
— Sempre.
— É quase dia; desejara que já tivesses ido. Adeus amor! Calca-me a dor com tanto afã, que boa noite eu diria até amanhã...
— Que aos teus olhos o sono baixe e ao peito. Ah, quem dera fosse eu o sono e dormisse deste jeito.
— Boa noite, doce Montecchio...
Ela manda-lhe um beijo e sai de vez da janela, deixando-o a sós.
— Vou agora mesmo a Frei Lourenço, meu pai espiritual, para um conselho lhe pedir leal.
continua...

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