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Pelo mundo

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Pigmalião


Como prometido, a "casquinha" de Pigmalião
Ilustração: Jean-Léon Gérôme
Existia em Pafos um escultor solitário que vivia apenas para as suas obras. Isolado agora e com poucos amigos, depois de fazer suas orações no Templo de Afrodite, a quem sempre prestara culto, raramente saía de sua casa a não ser a trabalho. Vez ou outra, seu amigo Orestes ia visitá-lo.

O motivo de sua vida solitária, dava-se ao fato de ter sido traído pelas mulheres que passaram por sua vida e a última, a quem julgava ser seu grande amor, fez-lhe a mesma afronta.

Depois de tamanha decepção, ele perdera a confiança nas mulheres. Seu amigo tentava tirar-lhe daquela vida apenas de trabalho.

— Oh, Pigmalião, meu amigo! Não sei como consegues viver assim, apenas para o teu trabalho e nesta solidão?Precisas de uma companheira!

— Cuido-me muito bem assim, da forma que vivo. Não preciso de mulher alguma para cuidar de mim.

— Pelos deuses! Só por causa da decepção que Eurínome causou-te?! Nem todas são assim!

— Correção, amigo Orestes: todas são assim. Todas sempre me decepcionaram. Me desejavam, apenas, por ser conceituado escultor e para oferecer-lhes uma vida de luxo e regrada. Mas enquanto trabalhava arduamente em minha oficina, levavam para o meu leito, amantes mais jovens e divertiam-se às minhas custas!

—Pena sinto de ti. Pois cada dia que te vejo, estás cada vez mais amargurado! Não permitas que o passado, destrua a tua vida, Pigmalião... Saia mais! Divirta-se!

— Grato por tão solícita preocupação, amigo Orestes. mas estou bem...

— Fique com os deuses, meu amigo. Outro dia virei ver-te!

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